terça-feira, 5 de junho de 2012
Diário de um Bêbado 004: O Banheiro
A ida ao banheiro é uma combinação de emoções. Nunca se sabe como a mente irá funcionar nesse trajeto e em todo o processo. As vezes teu cérebro te diz: 'Já chega né!? Depois da mijada, pague a conta e vá dormir!'. Outras vezes o pensamento é totalmente oposto: 'A vida deveria ser sempre assim! Nunca me senti tão bem! Só vou parar de beber quando eu desmaiar!'. Ou simplesmente você fica pensando naquela universitária de calça justa e quadris perfeitos que chegou no estabelecimento. Ou tudo que te incomoda vem à tona, tudo aquilo que você queria ter feito em sua vida mas ainda não conseguiu. A ida ao banheiro é um caminho de surpresas. Você pode esbarrar na menina que será sua companhia naquela noite. Você pode ter que aturar um bêbado chato, e acredite, não importa quão bêbado você esteja, sempre haverão bêbados tão chatos que te fazem sentir são novamente. Você pode arrumar briga. Você pode desmaiar. Você pode encontrar na privada a salvação para o resultado da mistura alcoólica combinada com aquela feijoada que comeu mais cedo no almoço. Ou você pode simplesmente ir até lá, mijar, lavar a mão e voltar para a mesa do bar ou à pista de dança, mas mesmo assim não deixa de ter sido uma possibilidade para alguma surpresa.
O pior momento de ir ao banheiro é quando você tem que abandonar aquela prosa que está divertida porque pontadas de dor e alguma sensação ainda indescritível, de quando você adiou ao máximo aquilo que deveria ter feito a 40 minutos atrás, o obrigam a fazer isso. E 40 minutos com 4 litros de cerveja atuando em seu sistema urinário, são como uma eternidade no purgatório, aonde os últimos 3 minutos são os momentos em que você se arrepende de todo o pecado que cometeu. Só que seu arrependimento não foi aceito, porque quando chega no banheiro existe a fila, e é aí que você descobre que antes de chegar no céu, terá que dar uma passadinha no inferno. Passadinha rápida, só pra ter uma noção de como são as coisas por lá, mas o suficiente pra você entender que se pudesse, nunca teria ido pra lá. A vontade e o desespero de sair dali são tão grandes que o desejo de simplesmente desintegrar sua existência do universo é a única coisa que habita sua mente. Mas enfim, quando a porta do banheiro abre meu amigo...
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
PGF podcast 002 - Música
Duração: 42 min.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
domingo, 9 de outubro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
PGF podcast 001 - Podcast por leigos (e bêbados)
Duração: 20 min.
Agradecimentos especiais ao Metacast! Se não fosse por ele, esse podcast nunca teria ido ao ar. Não mencionamos seu nome no episódio, pois ainda não o conhecíamos quando gravamos essa conversa.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Diário de um Bêbado 003: O que beber?
- Por quê a cerveja? – me pergunto.
- Não precisa ser a cerveja! – me respondo.
E assim começa uma noite de Uísque!
O Uísque é mais caro, mas tem uma compensação. A mudança de ‘estado’ ocorre muito mais rápido. Você nem percebe quando passa de um momento ‘será que a noite vai ser boa mesmo?’ para um momento ‘eu amo todo mundo, nunca me diverti tanto assim’. Assim como você não entende como foi parar debruçado sobre o vaso sanitário, e nem como parece que seus amigos que tomaram só cerveja tiveram uma noite diferente da sua, compartilhando memórias que não existem mais em sua cabeça.
- E as diferenças entre as bebidas? Será que vale a pena comparar? – me questiono.
A cerveja começa a conversar com você aos pouquinhos, e conforme a noite vai passando você começa a prestar atenção nela, e então vê que ela é gente boa. A conversa começa a ficar animada até que você vê nela uma grande amiga.
O uísque não dá muito papo no começo, você nem percebe que ele está ali. De repente, ele chega contando a melhor piada do mundo, e pronto, virou seu melhor amigo. As piadas vão ficando cada vez mais engraçadas e você não quer nunca mais parar de ouvi-las. Toda vez que o uísque tenta ir embora você puxa ele pelo braço e o faz contar mais piadas.
Não são reclamações nem elogios, são apenas reflexões. Acho que a escolha da bebida está relacionada em como queremos vivenciar o caminho, porque o final vai ser sempre o mesmo!